terça-feira, novembro 20, 2012

O último medo

O abismo fiscal nos EUA está provocando a queda acentuada dos preços das ações no mundo todo. Nos últimos 30 dias, o Dow Jones caiu mais de 6%. O Ibovespa perdeu, neste mesmo período, mais de 5%. Esse recente movimento brusco de queda das ações nas Bolsas de Valores ao redor do mundo está associado ao que se chama hoje de abismo fiscal nos Estados Unidos e que representa o último grande medo dos mercados. O ano que se encerra foi povoado por fantasmas econômicos assustadores e que levaram a uma redução dos investimentos em escala global. O colapso do euro, depois da crise política na Grécia em março passado, dominou o imaginário dos investidores por mais de seis meses. Paralelamente a isso, desenvolveu-se nos mercados a teoria de que o modelo de crescimento da China estava esgotado e que ocorreria uma recessão no país asiático, com efeitos deletérios sobre o mundo emergente. O cenário de caos estava completo, mundo rico e os emergente juntos na crise, e o medo do futuro incorporou-se na grande maioria das direções das empresas em todo o mundo. Somente com a intervenção decisiva do Banco Central Europeu uma espiral psicológica destrutiva que se criava foi interrompida e um pouco de bom senso e racionalidade voltaram a comandar as decisões econômicas nos últimos meses. Mais recentemente, a economia chinesa vem dando sinais de normalização. Mas o estrago sobre a dinâmica dos investimentos privados já estava feito, e o ano de 2012, perdido para o crescimento. Transcrevo um comentário que faz parte do último relatório da empresa de consultoria Macroeconomic Advisors sobre a economia norte-americana. "Apesar da redução das incertezas associadas à crise do euro e evidências de que a confiança do consumidor nos Estados Unidos e seus gastos melhoraram nos últimos meses, a fragilidade recente do comportamento dos investimentos privados aumentou nossos medos de que a falta de confiança entre os empresários em seus negócios vai atrasar a recuperação econômica." Essa observação pode ser aplicada a outras economias importantes, como mostram os dados mais recentes do Japão. No país do sol nascente, a economia voltou a se contrair no terceiro trimestre deste ano, principalmente em razão da redução do investimento privado. Da mesma forma, o crescimento econômico do Brasil continua a ser revisto para baixo e a redução dos investimentos privados é claramente o grande fator por trás disso. Por essa razão é que esta nova fonte de risco e incerteza, o ajuste fiscal já contratado para o início do ano que vem nos Estados Unidos, está provocando a queda acentuada dos preços das ações no mundo todo e uma nova corrida aos títulos de renda fixa. Se os dois polos políticos no Congresso americano não conseguirem um acordo para refazer o programa de ajuste de longo prazo das contas fiscais, a maior economia do mundo vai sofrer um novo choque deflacionário e, certamente, entrar em um novo mergulho na recessão. Em um mundo já fragilizado pelas crises na Europa e no Japão, a recessão americana traria consequências terríveis mesmo para países que, como o Brasil e a China, têm uma demanda interna sólida. Por isso, a queda do valor das ações que está acontecendo nos quatro cantos do mundo tem uma forte razão para ocorrer. Mas devemos entender que esse comportamento do investidor global está centrado na hipótese de que não haverá acordo político no Congresso americano. Eu, particularmente, não creio nisso e tenho minhas razões objetivas para tal. Os políticos, em todo o mundo, adoram chegar perto de um abismo, seja ele político, seja econômico, mas sempre se acomodam na última hora para não cair nele. Por essa razão, apesar da irracionalidade política de parte do Partido Republicano, acredito que, no final, um acordo, mesmo que provisório, vai ser conseguido, e o abismo fiscal, evitado. E, se estiver certo, os mercados de ações vão recuperar rapidamente todas as perdas recentes.

Dragão Ortodoxo

Uma transição de liderança representa uma oportunidade para mudanças em qualquer regime. A China não constitui exceção. Mas dos 7 homens escolhidos para integrar o Comitê Permanente do Politburo, o órgão mais poderoso da China, a maioria é formada por conservadores. Dois candidatos reformistas não conseguiram ser selecionados. O único líder com histórico de gestão econômica, Wang Qishan, foi promovido. Mas, em razão de disputas políticas internas, Wang virou chefe da agência anticorrupção do partido, em vez de ser o vice-premiê executivo. As implicações são enormes. A hegemonia no Comitê Permanente dos conservadores avessos a correr riscos jogou por terra as esperanças dos liberais e empreendedores privados chineses de que a nova liderança adote medidas políticas e sociais progressistas. Com isso, podemos prever a radicalização das forças moderadas e a intensificação adicional do conflito entre Estado e sociedade. Ao mesmo tempo, a comunidade empresarial internacional vem rezando para que os novos líderes adotem medidas pró-mercado para reduzir a atuação do Estado, liberalizar mercados e descartar o capitalismo de Estado. Muitas das reformas vistas como essenciais para manter o crescimento provavelmente não farão parte da agenda desta liderança conservadora. O que preocupa a comunidade empresarial, na China e fora dela, é que a nova liderança é muito fraca em termos de gestão econômica. A única pessoa que poderia inspirar confiança, Wang Qishan, terá pouco controle sobre a política econômica. Como está previsto que a China enfrente uma séria crise nos próximos anos, provocada pelo acúmulo de dívidas impagáveis no sistema bancário, uma bolha imobiliária, a ausência de novos motores de crescimento e a enorme capacidade excedente, a nova liderança, aparentemente, não conta com talentos para administrá-la. O que o resultado da transição de liderança revela é que os governantes da China hoje estão muito mais interessados em proteger seus interesses particulares do que preocupados com o bem-estar coletivo do país. Lealdades políticas e trocas de favores estão por trás dos nomes escolhidos. A única boa notícia a sair da transição é que o presidente e chefe do partido anterior, Hu Jintao, deixou de controlar as Forças Armadas -um precedente histórico. Isso vai possibilitar que o novo líder chinês, Xi Jinping, consolide seu poder mais fácil e rapidamente. Mas, no panorama maior, esse talvez não passe de um detalhe de pouca importância. Se a orientação da liderança é conservadora, a China corre o risco de perder mais uma década de reformas.

A derrota e a renovação

O PSDB poderia ter sido bem mais competitivo na eleição de São Paulo. Bastaria que tivesse escolhido um nome desvinculado da administração Kassab. Um candidato com esse perfil ficaria livre para criticar a Prefeitura e se colocar como oposição. Fazer exatamente o que Haddad, o vitorioso, fez. Nomes com esse perfil não faltaram e se colocaram nas prévias do partido. O próprio resultado dessa consulta interna do partido já indicava as dificuldades que Serra enfrentaria. Ele venceu com pouco mais de 50%, o que revelou uma grande rejeição junto àqueles que, teoricamente, deveriam desejar ardentemente que fosse candidato. O PSDB impediu a renovação, tanto agora como em 2010. Caso Aécio Neves tivesse sido candidato a presidente naquela ocasião, agora seria um nome nacionalmente reconhecido e muito dificilmente haveria a especulação que hoje há sobre Eduardo Campos como possível candidato em 2014. A eleição em São Paulo teve o mesmo desfecho. Serra é um político em fim de carreira. FHC e outros líderes do PSDB declararam, após essa nova derrota, que o partido precisa de renovação. Levar a sério esse propósito implica não oferecer uma Secretaria de Estado para Serra. É hora de o velho político se retirar do cenário. É hora de abrir espaço para outras figuras que esperam que a fila ande. Isso premiaria a lealdade política. É algo importante, porque Serra não é leal a Alckmin, como foi possível constatar na eleição de 2008. Considerando-se a fama de bem preparado, surpreendem os erros crassos cometidos por Serra em todas as eleições nas quais foi derrotado, em particular na última eleição presidencial. Naquela oportunidade, ele era o candidato de oposição a um governo muito bem avaliado. Tudo indicava que iria perder. Mesmo assim, quis ser candidato. Não fosse esse erro, ele seria hoje um importante ator político, seria reeleito governador de São Paulo e estaria ocupando o segundo cargo mais importante do Brasil. A propósito, Serra jamais será presidente. As decisões erradas de Serra contrastam com as decisões corretas de Lula. A escolha de Fernando Haddad para prefeito de São Paulo não foi uma renovação em qualquer direção. Pelo contrário, Lula sabe que a cidade de São Paulo é conservadora. Por isso, sua indicação recaiu em um quadro político que se assemelhasse ao mundo tucano. Haddad é professor universitário, tem sólida formação acadêmica e foi ministro da Educação. Nada mais importante para os conservadores do que a educação. Além disso, Haddad tinha o que mostrar como gestor público durante a campanha. A principal peça de comunicação da campanha petista não foi o bilhete único mensal nem a rede Hora Certa de consultas médicas, mas o próprio candidato. Mais interessante ainda é como Lula escolhe seus objetivos políticos. Na eleição de 2010 o ex-presidente teve duas metas claras: eleger sua sucessora e aumentar o número de cadeiras do PT no Senado. Várias decisões de aliança abrindo mão de candidaturas a governos estaduais foram tomadas com a finalidade principal de conseguir maioria no Senado. Hoje, o PT tem a segunda maior bancada de Senadores. Agora em 2012, a prioridade foi vencer em São Paulo. Política é relação de poder. Não existe na política a visão cristã de que o certo vence no final e o errado é derrotado. O motivo é simples: não há um lado certo ou errado; são apenas ideologias que estão em jogo. Por isso existem as eleições. E há as circunstâncias, que são de grande importância. Muito dificilmente um candidato ligado a Kassab venceria em 2012. Ainda mais, sendo esse candidato alguém sem carisma e pouco agregador. O que Lula e seus liderados fizeram foi aproveitar as circunstâncias favoráveis a um candidato de oposição. Como diz o ditado popular, quem não arrisca não petisca. Lula sempre foi um tomador de risco. Para aqueles que prezam o empreendedorismo, cumpre reconhecer que, dos anos 1980 para cá, Lula vem sendo o maior empreendedor político do Brasil. A trajetória dele no mundo político se inicia como a maioria dos empreendedores. Lula não tinha nada a perder quando fez a transição do sindicalismo para a política. Não tinha um partido, fundou um e iniciou do zero. Foi por isso que pôde ser candidato a presidente três vezes consecutivas para só vencer na quarta. O PT ainda era um partido muito pequeno, com pouca competição interna. Agora que o PT é grande e em São Paulo há muitas estrelas, Lula decidiu assumir outro tipo de risco, o de indicar um candidato novato em eleições, um marinheiro de primeira viagem. Ele continua arriscando e empreendendo. Mudou a forma e o estilo, mas o conteúdo é o mesmo. Depois de oito anos na Presidência, Lula passou a combinar essas características de personalidade com o enorme aprendizado político que teve. Hoje, o PT conta com Dilma cuidando do governo federal e Lula cuidando de conquistar mais espaço político para seu partido. É uma óbvia vantagem sobre seus adversários. Caso o PSDB leve a sério as palavras de renovação pronunciadas por seus líderes, será bom para todo o sistema político, inclusive para o PT. Renovar hoje significa livrar-se de Serra, impedi-lo de ser candidato. É o PT que está obrigando o PSDB a se renovar. Por outro lado, uma eventual renovação do PSDB vai obrigar o PT também a se renovar ainda mais. O Brasil ganhará com isso.

Quem paga a conta???

No dia em que anunciaram a fraude do Banco Cruzeiro do Sul, anunciava-se a intervenção branca, onde a gestão passava a ser administrada pelo Banco Central, que já havia nomeado um interventor, e com a decretação do Regime de Administração Especial Temporária, mais uma crise operacional para o Fundo Garantidor de CréditoMas muito se falou sobre o assunto, que a fraude não era de R$ 1 bi, mas de R$ 3 bi, será? Acredito que tenha mais coisa a ser levantada, pois os processos de fraudes são sempre os mesmos: alteram valores da contabilidade, criam despesas para retirada de dinheiro, aumentam seus bônus com lucros inexistentes, entre outros crimes de colarinho branco. Falar de compliance, controles internos, gestão de riscos, governança e controladoria para um banco liquidado, neste momento, é jogar conversa fora. Mas, deve ser o momento de refletir, como controlar os outros que ficam, pois atualmente, segundo os dados do BaCen temos em torno de 120 Bancos de pequeno porte no Brasil. Estes Bancos sofrem com dificuldades de captação a cada crise como esta que aconteceu, ou como podemos evidenciar aqui: o Banco Santos, PanAmericano, Schahin, Matone, Morada, Oboé, Prosper e Cruzeiro do SulEntretanto, os correntistas e investidores destes Bancos, contam com a regra do FGC, que garante a devolução de até R$ 70 mil por CPF e por banco. Mas e o restante, quando poderá resgatar? Como será feito o resgate?? E se os investidores estavam com dinheiro aplicado de sua aposentadoria, até quando esperar??? Agora pergunto sobre os empregados destes Bancos, os prestadores de serviços, e o mercado que recebe um sinal ruim, fica por isso mesmo???? Como já venho falando há muito tempo é chegada a hora de mudar, profissionalizar realmente a governança corporativa, os controles internos e contábeis, a gestão de riscos e compliance, que mesmo sendo implementada por melhores práticas, deve ser exigida a cada dia pelos órgãos reguladores. Digo isso, pois a cada ano aparecem escândalos como estes, sempre acontecem do mesmo jeito, e quem sai lesada é a população que confia nas Instituições Financeiras para guardar seu rico e suado dinheiro. Afinal para que servem os Bancos? O dinheiro captado dos clientes é utilizado pelos Bancos para conceder empréstimos a outros clientes, desta forma os Bancos cobram juros e assim ajudam a circulação do dinheiro. Os Bancos são instituições essenciais à manutenção do comércio, porque além de oferecer serviços financeiros, facilitam transações de pagamento e oferecem crédito, ajudando no desenvolvimento do comércio nacional e internacional. Fica aqui a pergunta, quando eles quebram quem paga a conta?

quarta-feira, novembro 14, 2012

Alto Retorno

Com rentabilidade ainda acima da encontrada em outras grandes economias, o Brasil volta a atrair o interesse de bancos estrangeiros, que querem entrar, ou voltar, para o país. O suíço UBS, após quase dois anos de espera, deve receber nesta semana o aval do governo para voltar ao país. “Mesmo nessa fase atual, com o governo pressionando para que Caixa e Banco do Brasil derrubassem juros e tarifas, o sistema financeiro brasileiro, comparado a outras grandes economias, continua muito rentável”, afirma a EFC Consultores. Os grandes bancos no Brasil estão obtendo um retorno sobre o patrimônio pouco abaixo de 20%. Esse patamar, embora já tenha sido mais elevado, ainda é atrativo e se repete mesmo nos bancos públicos que lideraram a redução dos spreads. Já na Europa e Estados Unidos, essa rentabilidade está entre 9% e 10%. Esse diferencial atrai instituições de outros países. O caso mais recente de estrangeiro interessado no setor bancário brasileiro é o holandês ABN Amro. A instituição deixou de operar no país após ser vendido para um consórcio de Bancos em 2007, sendo que o Santander ficou com a operação brasileira. Sua volta se dá com a compra da instituição CR2, pela qual desembolsou aproximadamente € 25 milhões. Já o BNY Mellon recebeu autorização da autoridade monetária para atuar como banco comercial. Os asiáticos se mostram também como grandes interessados. O coreano Woori Bank recebeu autorização do governo brasileiro para atuar no país e o japonês Mizuho Bank comprou o West LB no Brasil. As instituições estrangeiras que estão entrando no Brasil, mesmo com uma operação muito inferior a dos grandes bancos brasileiros, têm espaço para trabalhar. Um nicho pouco explorado pelos estrangeiros é o atendimento a empresas de médio porte. É um público que devem explorar. Estratégias específicas justificam o interesse no Brasil. O caso do ABN, que tem uma área agrícola atuante na Europa. O Brasil é um grande produtor agrícola e atuar aqui era um desejo estratégico para o ABN. Além de rentabilidade maior no Brasil do que no exterior, esses bancos também estão de olho nas perspectivas de crescimento da economia brasileira, que aumenta a demanda por serviços financeiros e bancários. Isso pode contribuir para o aumento da participação dessas instituições no crédito. Os estrangeiros respondiam em setembro por 17% do crédito do país. Em 2005, essa fatia era de 22%. Essa recuperação, no entanto, deve se dar aos poucos, uma vez que essas instituições atuam como banco de investimento ou como banco comercial para conceder crédito a determinado segmento de empresas. Atuação no varejo, que poderia garantir maiores volumes em ativos, é algo difícil de acontecer. “Esses Bancos não vão conseguir escala para operar no varejo. É um custo elevado para isso”, afirma a Austin Ratings. Apesar da concorrência no Brasil, esses bancos têm espaço para atuar porque já tem uma expertise no exterior que contribui, em especial na intermediação de negócios entre empresas brasileiras e companhias dos países de origem da instituição. Na avaliação da Moody's os benefícios da vinda de Bancos estrangeiros para o Brasil são o aumento da concorrência e a troca de conhecimento. "No Brasil, eles têm acesso a inovação, novos produtos, mas também trazem ao país formas diferentes de fazer negócios." Para atuar no Brasil, os Bancos estrangeiros precisam de autorização. Uma forma de encurtar os trâmites burocráticos é comprar uma instituição já em operação.

segunda-feira, novembro 12, 2012

Indaiatuba põe R$ 50 mi no BVA

Mesmo contra a recomendação do Tribunal de Contas de São Paulo, a Prefeitura de Indaiatuba investiu R$ 50 milhões em títulos do Banco BVA, que está sob intervenção do Banco Central desde o mês passado. O dinheiro corresponde a 8% do Orçamento anual da cidade e está bloqueado desde a intervenção. Segundo o vereador Luiz Alberto Cebolinha Pereira (PMDB), líder do governo na Câmara, não há risco de a prefeitura ter de suspender nenhum pagamento planejado, inclusive o 13º salário dos servidores, como comenta-se na cidade, devido ao bloqueio. Cebolinha afirmou que o valor inicial da aplicação era de R$ 46 milhões, feita há dois anos, com a sobras de caixa. Além do BVA, a prefeitura tem aplicações no Santander e no nco PanAmericano, que também sofreu intervenção do BC, e foi vendido para o BTG PactualTrês dias antes da intervenção no BVA, o procurador João Paulo Giordano Fontes, do TCE-SP, recomdou que a prefeitura mudasse as aplicações no BVA e no PanAmericano para Bancos públicos, como prevê a legislação. "A manutenção de recursos da Prefeitura de Indaiatuba no Banco BVA foi apurada pela Unidade Regional de Campinas, órgão de fiscalização do TCE-SP, e confirmada pela tesoureira do município", afirmou Fontes. Para o vereador Carlos Alberto Rezende Lopes (PT), conhecido como Linho, a aplicação pode, sim, comprometer as atividades da prefeitura nos próximos meses. Linho pede maior transparência da prefeitura, que não esclareceu sobre a aplicação. Procurada, a prefeitura não quis se manifestar, alegando que a corregedoria do município está tomando as providências necessárias.