terça-feira, julho 03, 2012

Brasil


Muitos são os instrumentos para a construção do futuro e a consolidação do imenso avanço social e econômico experimentado pelo Brasil na última década. E eles têm sido muito bem utilizados em nosso país. Desde o crédito facilitado e ao alcance de dezenas de milhões de cidadãos, antes integrantes da categoria dos “desbancarizados”, até iniciativas de altíssimo alcance social como os programas que mudaram a face de um Brasil injusto e excludente: Pro-Uni, Bolsa Família, PetiTarifa Social de Energia Elétrica, dentre outros. E, mais recentemente, o Brasil Carinhoso. Ao anunciar o Plano Brasil Maior, o governo federal dá continuidade aos programas de incentivo ao crescimento econômico tão indispensável a um país com a grandeza do Brasil. Desta vez, depois de desonerar em muito a indústria e os investimentos no setor produtivo, o governo vai utilizar suas compras como principal instrumento para impulsionar a atividade econômica. O PAC-Equipamentos e o Programa de Compras Governamentais irão possibilitar melhorar a infraestrutura e a mobilidade pública do país. Trata-se de iniciativa de imensa importância quer no incentivo à economia quanto na melhora das condições para a prestação dos serviços públicos. Nunca houve, antes, tanta preocupação com a questão social no Brasil. E, mais que isso: jamais se alcançaram resultados tão auspiciosos e evidentes. O estado brasileiro apresentou-se pela vez primeira a cidadãos que eram números do IBGE, mas não eram alvo da atenção, da preocupação ou mesmo do respeito por parte dos governos que se sucederam no poder. Eram, sim, uma realidade estatística, mas não contavam na formulação das políticas governamentais. Existiam, mas não eram respeitados. Frequentavam os discursos, mas não os comoviam pela penúria em que viviam ou pelo descaso a que foram relegados. Pior, eram desrespeitados. Há uma parcela do pensamento nacional que atribui aos vitoriosos programas instituídos desde 2003, absurdos como os de que “estimulam a vagabundagem” ou “é uma esmola”. Trata-se de um extrato social, mesquinho, partidarizado e parasitário, que desconhece a realidade do Brasil e evitava conhecê-la nos anos infames dos governos descomprometidos com o povo, mas comprometidos com a pior espécie de capitalismo, e que nada faziam para mudar nossa dura realidade ou minorar o sofrimento de dezenas de milhões de brasileiros desamparados, famintos, analfabetos e doentes. Existia no Brasil um projeto de país indecente, lamentável, implementado de forma deletéria nos Governos do Século XX. Era um Brasil para 3 milhões de brasileiros, não mais que isso. A esses privilegiados estava destinado o usufruto de nossas riquezas, uma existência tranquila e promissora, saúde de boa qualidade e educação de alto nível, boas condições de vida e o domínio de um país profundamente elitista, socialmente injusto e economicamente concentrado nas mãos de pouquíssimos grupos empresariais. Um estado mínimo, onde poucos mandariam muito e viveriam bem, enquanto uma imensa massa de mais de 150 milhões de cidadãos nada mais seriam que modernos servos da gleba, relegados a plano inferior e sem qualquer atenção por parte dos poderes públicos. O governo que por ele foi sustentado, ironicamente chefiado pelo sociólogo FHC, bancou essa crueldade, levou a cabo essa tentativa de um Brasil para muito poucos, com impressionantes frieza e impiedade. O resultado não poderia ter sido pior: desemprego, falências de milhares de empresas, inéditos congelamento e achatamento salarial, desmonte da estrutura do serviço público, privatizações lodosas e presenteadas, desrespeito aos funcionários públicos e aposentados. Isso tudo com a complacência, a leniência ou mesmo o engajamento de diversos setores da vida nacional, como a quase totalidade da imprensa. O que não se gastou com a educação, com programas sociais absolutamente indispensáveis, com a saúde, gastou-se no financiamento às corporações que compraram nossas melhores empresas estatais na bacia das almas. Torraram-se, também, no PROER, bilhões de reais para socorrer os mesmos banqueiros falidos que haviam financiado generosamente as campanhas desses governos. Poderíamos lembrar o apagão, mas é desnecessário: ele está vivo na lembrança dos que receberam atônitos a informação de que o país com maior concentração hídrica do planeta, com invejável estrutura energética, que construiu Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo, abandonou o setor durante anos e jogava nas costas das famílias, dos comerciantes, dos industriais, dos prestadores de serviço, a pesada conta de sua imprevidência, da ausência de investimentos em nosso sistema elétrico e, com a frieza e a crueldade tão habituais, ainda estabelecia pesadas multas e punições a quem não consumisse menos e não arcasse com o ônus do desastre anunciado. Ivan Lessa escreveu que no Brasil a história é apagada de tempos em tempos e tudo recomeça. Por conta disso, os que pousam de moralistas, dão vazão a mentiras que insistem em assumir as cores da verdade e com imensa desfaçatez não querem respondem por um governo que levou o Brasil três vezes ao fundo do poço, às quebradeiras inesquecíveis, ao humilhante guichê do FMI. Nós, petistas, contrapusemos o nosso projeto de país ao dos neoliberais. E os brasileiros apostaram nele em 2002. Vencemos, mas não foi fácil mudar o curso da história, recuperando um país falido e sem qualquer credibilidade, absolutamente desmoralizado perante as demais nações. Em 2006, por larga margem de votos, os brasileiros repeliram a campanha agressiva e a argumentação torpe da oposição. Já no ano de 2010, depois da mudança radical da face de um país derrotado que se firmou como país vitorioso e com imenso futuro, vencemos novamente. Pela primeira vez em sua história os brasileiros assistiram uma campanha lamacenta, fundamentalista, reacionária e mentirosa promovida pelos tucanos de Serra. Todo esse sofrimento, porém, valeu a pena. Os programas idealizados e levados adiante pela notável Ministra Tereza Campello tiveram o inexcedível mérito de dar aos mais de 40 milhões de brasileiros beneficiados a oportunidade de morarem melhor, chegar às universidades, tornarem-se pequenos empresários, trabalharem, darem mais conforto e dignidade à vida de suas famílias. Mas, muito mais que isso: milhões e milhões de pessoas que deixaram de serem números, passaram a comer, isso mesmo, não comiam. Que país era esse? O que sonhamos? Não. Esse era o país dos que hoje fazem oposição irresponsável e cerrada. Aos que acusam e tentam humilhar, respondemos com um Brasil mais justo e democrático, mais solidário e fraterno, mais pujante e poderoso. Nossa economia deu um salto espetacular. Nos anos infames caímos de 9ª economia mundial para um cinzento 16º lugar. Pagamos a conta do desastre, arrumamos a casa, mudamos o país e o tornamos vencedor e respeitado. Somos hoje a 6ª potência econômica do planeta e resistimos muito bem ao atual momento negativo da economia internacional por conta da solidez deste Brasil que construímos, com forte classe média, emprego pleno, economia estável, indústria, comércio e serviços vivendo momentos jamais experimentados antes, agricultura modernizada e em franca expansão, a indústria da construção e nossas exportações em ritmo ascendente. O Brasil tomou um caminho claro e acertado: ser uma sociedade mais democrática e pluralista, com justiça social e inclusão daqueles que foram segregados e abandonados, que foram claramente excluídos das preocupações e das ações do estado. Invertemos o jogo. Temos pagado caro pela ousadia de ter transformado o sonho de um Brasil muito melhor em realidade. Mas, vencemos e todo sofrimento é nada em favor de nosso país e de nosso povo.


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