Muitos são os instrumentos para a
construção do futuro e a consolidação do imenso avanço social e econômico
experimentado pelo Brasil na última década. E eles têm sido muito bem
utilizados em nosso país. Desde o crédito
facilitado e ao alcance de dezenas de milhões de cidadãos, antes integrantes da
categoria dos “desbancarizados”,
até iniciativas de altíssimo alcance social como os programas que mudaram a
face de um Brasil injusto e excludente: Pro-Uni, Bolsa Família, Peti, Tarifa Social de
Energia Elétrica, dentre outros. E,
mais recentemente, o Brasil Carinhoso. Ao anunciar o Plano Brasil Maior,
o governo federal dá continuidade aos programas de incentivo ao crescimento
econômico tão indispensável a um país com a grandeza do Brasil. Desta vez,
depois de desonerar em muito a indústria e os investimentos no setor produtivo,
o governo vai utilizar suas compras como principal instrumento para impulsionar
a atividade econômica. O PAC-Equipamentos e o Programa de Compras Governamentais
irão possibilitar melhorar a infraestrutura e a mobilidade pública do país.
Trata-se de iniciativa de imensa importância quer no incentivo à economia quanto
na melhora das condições para a prestação dos serviços públicos. Nunca
houve, antes, tanta preocupação com a questão social no Brasil. E, mais que
isso: jamais se alcançaram resultados tão auspiciosos e evidentes. O estado
brasileiro apresentou-se pela vez primeira a cidadãos que eram números do IBGE,
mas não eram alvo da atenção, da preocupação ou mesmo do respeito por parte dos
governos que se sucederam no poder. Eram, sim, uma realidade estatística, mas
não contavam na formulação das políticas governamentais. Existiam, mas não eram
respeitados. Frequentavam os discursos, mas não os comoviam pela penúria em que
viviam ou pelo descaso a que foram relegados. Pior, eram desrespeitados. Há
uma parcela do pensamento nacional que atribui aos vitoriosos programas
instituídos desde 2003, absurdos como os de que “estimulam a vagabundagem” ou “é uma esmola”. Trata-se de um
extrato social, mesquinho, partidarizado e parasitário, que desconhece a
realidade do Brasil e evitava conhecê-la nos anos infames dos governos
descomprometidos com o povo, mas comprometidos com a pior espécie de
capitalismo, e que nada faziam para mudar nossa dura realidade ou minorar o
sofrimento de dezenas de milhões de brasileiros desamparados, famintos,
analfabetos e doentes. Existia no Brasil um projeto de país indecente,
lamentável, implementado de forma deletéria nos Governos do Século XX. Era um
Brasil para 3 milhões de brasileiros, não mais que isso. A esses privilegiados
estava destinado o usufruto de nossas riquezas, uma existência tranquila e
promissora, saúde de boa qualidade e educação de alto nível, boas condições de
vida e o domínio de um país profundamente elitista, socialmente injusto e
economicamente concentrado nas mãos de pouquíssimos grupos empresariais. Um
estado mínimo, onde poucos mandariam muito e viveriam bem, enquanto uma imensa
massa de mais de 150 milhões de cidadãos nada mais seriam que modernos servos
da gleba, relegados a plano inferior e sem qualquer atenção por parte dos
poderes públicos. O governo que por ele foi sustentado, ironicamente
chefiado pelo sociólogo FHC, bancou essa crueldade, levou a cabo essa tentativa
de um Brasil para muito poucos, com impressionantes frieza e impiedade. O
resultado não poderia ter sido pior: desemprego, falências de milhares de
empresas, inéditos congelamento e achatamento salarial, desmonte da estrutura
do serviço público, privatizações lodosas e presenteadas, desrespeito aos
funcionários públicos e aposentados. Isso tudo com a complacência, a leniência
ou mesmo o engajamento de diversos setores da vida nacional, como a quase
totalidade da imprensa. O que não se gastou com a educação, com programas
sociais absolutamente indispensáveis, com a saúde, gastou-se no financiamento às
corporações que compraram nossas melhores empresas estatais na bacia das almas.
Torraram-se, também, no PROER, bilhões de reais para socorrer os mesmos
banqueiros falidos que haviam financiado generosamente as campanhas desses
governos. Poderíamos lembrar o apagão, mas é desnecessário: ele está vivo
na lembrança dos que receberam atônitos a informação de que o país com maior
concentração hídrica do planeta, com invejável estrutura energética, que
construiu Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo, abandonou o setor durante anos
e jogava nas costas das famílias, dos comerciantes, dos industriais, dos
prestadores de serviço, a pesada conta de sua imprevidência, da ausência de
investimentos em nosso sistema elétrico e, com a frieza e a crueldade tão habituais,
ainda estabelecia pesadas multas e punições a quem não consumisse menos e não
arcasse com o ônus do desastre anunciado. Ivan Lessa escreveu que no
Brasil a história é apagada de tempos em tempos e tudo recomeça. Por conta
disso, os que pousam de moralistas, dão vazão a mentiras que insistem em
assumir as cores da verdade e com imensa desfaçatez não querem respondem por um
governo que levou o Brasil três vezes ao fundo do poço, às quebradeiras
inesquecíveis, ao humilhante guichê do FMI. Nós, petistas, contrapusemos o
nosso projeto de país ao dos neoliberais. E os brasileiros apostaram nele em
2002. Vencemos, mas não foi fácil mudar o curso da história, recuperando um
país falido e sem qualquer credibilidade, absolutamente desmoralizado perante
as demais nações. Em 2006, por larga margem de votos, os brasileiros repeliram
a campanha agressiva e a argumentação torpe da oposição. Já no ano de 2010,
depois da mudança radical da face de um país derrotado que se firmou como país
vitorioso e com imenso futuro, vencemos novamente. Pela primeira vez em sua
história os brasileiros assistiram uma campanha lamacenta, fundamentalista,
reacionária e mentirosa promovida pelos tucanos de Serra. Todo esse
sofrimento, porém, valeu a pena. Os programas idealizados e levados adiante
pela notável Ministra Tereza Campello tiveram o inexcedível mérito de dar aos
mais de 40 milhões de brasileiros beneficiados a oportunidade de morarem
melhor, chegar às universidades, tornarem-se pequenos empresários, trabalharem,
darem mais conforto e dignidade à vida de suas famílias. Mas, muito mais que
isso: milhões e milhões de pessoas que deixaram de serem números, passaram a
comer, isso mesmo, não comiam. Que país era esse? O que sonhamos? Não. Esse era
o país dos que hoje fazem oposição irresponsável e cerrada. Aos que acusam
e tentam humilhar, respondemos com um Brasil mais justo e democrático, mais
solidário e fraterno, mais pujante e poderoso. Nossa economia deu um salto
espetacular. Nos anos infames caímos de 9ª economia mundial para um cinzento 16º
lugar. Pagamos a conta do desastre, arrumamos a casa, mudamos o país e o tornamos
vencedor e respeitado. Somos hoje a 6ª potência econômica do planeta e
resistimos muito bem ao atual momento negativo da economia internacional por
conta da solidez deste Brasil que construímos, com forte classe média, emprego
pleno, economia estável, indústria, comércio e serviços vivendo momentos jamais
experimentados antes, agricultura modernizada e em franca expansão, a indústria
da construção e nossas exportações em ritmo ascendente. O Brasil tomou um
caminho claro e acertado: ser uma sociedade mais democrática e pluralista, com
justiça social e inclusão daqueles que foram segregados e abandonados, que
foram claramente excluídos das preocupações e das ações do estado. Invertemos o
jogo. Temos pagado caro pela ousadia de ter transformado o sonho de um Brasil
muito melhor em realidade. Mas, vencemos e todo sofrimento é nada em favor de
nosso país e de nosso povo.
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